sábado, fevereiro 28, 2015
sexta-feira, fevereiro 27, 2015
terça-feira, fevereiro 24, 2015
segunda-feira, fevereiro 23, 2015
domingo, fevereiro 22, 2015
sábado, fevereiro 21, 2015
sexta-feira, fevereiro 20, 2015
quinta-feira, fevereiro 19, 2015
quarta-feira, fevereiro 18, 2015
terça-feira, fevereiro 17, 2015
segunda-feira, fevereiro 16, 2015
#DiretorFazDiferença:
O Ministério da Educação vai lançar um novo programa para a valorização dos
diretores de escolas das redes municipais, estaduais e distrital. Para isso,
quer ouvir você, cidadão brasileiro, suas ideias e propostas para dar forma a
este programa.
Ouça aqui: http://goo.gl/I4WOam
O áudio está disponível gratuitamente para utilização das rádios.
Acesse: Ministério da Educação e saiba mais.
sexta-feira, fevereiro 13, 2015
quinta-feira, fevereiro 12, 2015
Historinhas com as VOGAIS – Ótimas para Leitura
Vejam mais no link:
http://www.atividadespnaic.com/2015/02/historinhas-com-as-vogais-otimas-para-leitura/
terça-feira, fevereiro 10, 2015
EDUCAÇÃO E DIVERSIDADE
A diversidade cultural é um fato tão antigo
quanto a humanidade. Baseando-nos na definição mais simples de cultura - que
está vinculada às maneiras de fazer, pensar e sentir -, podemos facilmente
verificar que sempre houve diferentes maneiras de viver. Modos de vida que
eram, e são, partilhados pelos membros de um grupo social e que faziam parte
das identidades culturais de tais comunidades. O que é relativamente novo é a
valorização dessa diversidade. Hoje, defendemos que essas identidades
culturais não devem ser ignoradas, mas sim valorizadas.
O fundamento dessa crença no valor da diversidade cultural
está na ideia de que todos os grupos sociais têm uma contribuição importante
para a cultura nacional. O mesmo podemos dizer das diversas
culturas nacionais em relação ao mundo globalizado. Apesar de todo discurso em
defesa da diversidade e do direito às diferentes identidades culturais, ainda
existem muitos que são contra, provavelmente devido ao medo de perder algum
privilégio social. Por outro lado, muitos que são favoráveis a uma sociedade
onde a diversidade se faça presente também são professores que não sabem muito
bem como isso pode ser ensinado.
Muitas vezes, as escolas têm adotado a postura mais cômoda,
lançando mão de adotar comemorações em datas específicas. Mesmo que as
intenções sejam nobres, falar das culturas indígenas apenas no “dia do índio”
ou das culturas africanas somente no “dia da consciência negra” pode significar
que tais identidades não serão motivo de preocupação no restante do ano.
O Censo de 2010, realizado pelo IBGE , apontou a
seguinte composição da população brasileira: somos aproximadamente 191 milhões
de habitantes divididos em 47,51% de brancos, 7,52% de pretos, 1,10% de
amarelos, 43,42% de pardos, 0, 43% de indígenas (além de alguns que não
declararam). Diante desses números, não resta dúvida que todos os estudantes
deveriam aprender a conviver e interagir em um ambiente
predominantemente diverso.
Mesmo que consideremos apenas a diversidade étnica,
acreditamos que a diversidade cultural presente nas escolas certamente pode
produzir experiências de vida muito erinquecedoras. Esse resultado deve vir
para os indivíduos das oportunidades de trabalhar lado a lado com outros alunos,
diferentes de si mesmos. A existência de uma população diversificada
de alunos desenvolve, necessariamente, uma compreensão das diferentes
perspectivas de entendimento do mundo e estimula os alunos a conviver em um
ambiente onde a diversidade étnica está presente.
Historicamente, a escola brasileira era muito mais
homogênea em sua composição. Grande parcela da população não frequentava os
bancos escolares. Assim, quanto mais as escolas públicas tornaram-se
diversificadas, maiores foram sendo as demandas por soluções eficazes para a
questão da qualidade do ensino. Além dos conflitos inerentes à convivência com
a diversidade; tanto alunos quanto professores precisavam aprender a conviver
com o diferente. Um dos principais desafios para os professores é, então,
ensinar de forma a não favorecer algum grupo étnico em detrimento do outro.
Importante na elaboração do Projeto Político Pedagógico
A elaboração ou reestruturação do P.P.P. indica
necessariamente à comunidade escolar pensar sobre qual a função social da
escola para a comunidade que ela atende.
Pressupõe refletir sobre a concepção de homem, sociedade,
escola, educação, cultura, trabalho, tecnologia, cidadania, conhecimento,
ensino e aprendizagem, avaliação;
O Projeto Político Pedagógico pressupõe:
Compreensão crítica da realidade histórico-social;
Compromisso ético-político com a transformação da realidade
social;
Participação efetiva de todos os sujeitos da prática
educativa;
Autonomia na escola enquanto exercício de democratização;
Valorização dos profissionais da educação em termos de
formação continuada;
Construção coletiva da concepção de currículo, gestão
democrática e de formação continuada.
Compromisso do poder público (Estado) na oferta e manutenção
da educação pública de qualidade;
O PPP é um referencial teórico da escola e constitui-se de
três Marcos:
Marco Situacional
Análise da realidade – diagnóstico da escola e suas
especificidades.
Descreve e situa a escola no atual contexto da realidade
brasileira, do estado e do município. Explicita e analisa criticamente problemas
e necessidades da escola em relação ao ensino e aprendizagem, organização do
tempo e espaço, relações de trabalho na escola, índices de evasão e reprovação,
organização da hora-atividade e organização da prática pedagógica.Identifica,
explicita e analisa os problemas, necessidades e avanços presentes na realidade
social, política, econômica, cultural, educacional e suas influências nas
práticas educativas da escola.
Sugere-se que seja realizada uma avaliação institucional na
qual cada profissional e demais integrantes da comunidade escolar avaliam seu
próprio desempenho e o desempenho dos demais profissionais com objetivo de:
conhecer a realidade, compreender criticamente as causas dos problemas,
resistências, insegurança, conflitos, contradições, excesso de atividades
burocráticas que permeiam a escola e seu papel social, aprendizagem,
organização tempo e espaço, equipamentos, relações de trabalho, participação
dos pais, critérios para distribuição de turmas, organização da hora atividade,
entre outros.
Marco Conceitual
Expressa a opção e os fundamentos teórico-metodológicos da
escola.
Nesse momento os profissionais da escola, buscam em autores,
obras, publicações, subsídios que orientem através de fundamentação
teórica as novas ideias, planos e propostas de atividades, projetos,
entre outros.
O Marco Conceitual explicita objetivamente e estabelece
relações entre os fundamentos teóricos sobre:
- Concepção de sociedade, homem, educação, conhecimento,
escola, ensino-aprendizagem, avaliação;
-Critérios de organização interna da escola;
-Princípios da gestão democrática: acesso, permanência,
capacitação continuada de educadores e qualidade do ensino-aprendizagem;
-O currículo da escola pública; -dinâmica do currículo;
-Reflexão sobre o trabalho pedagógico -configurar a matriz
teórica.
-Trabalho coletivo;
-Prática transformadora; -o que a escola pretendo do ponto
de vista político pedagógico.
Direcionamento dos instrumentos de gestão democrática.
Explicita fundamentos teóricos relativos aos saberes, conhecimento científico,
cultural,social, ensino e aprendizagem, avaliação, entre outros. Enfim busca
maneiras diferenciadas para que as Intervenções na prática pedagógica
(conteúdos – professor- educando- ensino e aprendizagem – avaliação
metodológica da organização do trabalho pedagógico) possam se realizar de
maneira produtiva.
Marco Operacional
Organiza o trabalho pedagógico e a prática docente a partir
do Currículo enquanto núcleo do P.P.P. Expressa mudanças a serem
alcançadas, linhas de ação, reorganização do trabalho pedagógico escolar na
perspectiva administrativa, pedagógica e financeira e político-educacional.
redimensionamento do trabalho e compromisso dos membros da gestão colegiada.
Refere-se a especificação das novas ações.
Define linhas de ação e a reorganização do trabalho
pedagógico escolar na perspectiva pedagógica administrativa, financeira e
político-social. Sinaliza um Redimensionamento da gestão democrática
(instâncias colegiadas). Apresenta aprofundamento sobre a importância e
valorização de ações relativas à formação continuada dos profissionais da
escola. Em relação ao trabalho em sala de aula busca forma de pensar nas
especificidades curriculares, recuperação de conteúdos, avaliação
institucional, prática docente e qualificação dos equipamentos pedagógicos.
Assim, o Marco Operacional deve apresentar:
-
redimensionamento da organização do trabalho pedagógico;
- tipo
de gestão;
-
papel específico de cada segmento da comunidade escolar.
-
relação entre aspectos pedagógicos e administrativos.
- o
papel das instâncias colegiadas.
-
recursos que a escola dispõe para realizar seu projeto;
-
critérios para elaboração do calendário escolar, horários letivos e não
letivos;
- critérios
para organização e utilização dos espaços educativos;
-
critérios para organização de turmas e distribuição por professor em razão de
especificidades;
-
diretrizes para a avaliação de desempenho do pessoal docente e não docente; do
currículo, das atividades extra
– curriculares e do projeto político – pedagógico;
-
intenção de acompanhamento aos egressos;
-
práticas avaliativas.
segunda-feira, fevereiro 09, 2015
Planejamento Educacional
O que é planejamento?
O planejamento representa o processo de síntese do
conhecimento, constituindo-se em um espaço centrado na aprendizagem, tendo como
referência o direito ao acesso aos conhecimentos elaborados histórica e
socialmente.
É uma mediação teórico-metodológica para a ação
consciente e intencional. É reflexão. É abordagem teórica. É tomada de decisão.
É previsão de uma ação. É intencionalidade.
Objetivos do Planejamento
Resgatar a intencionalidade da ação educativa;
Superar o caráter fragmentado das práticas educativas;
Racionalizar os espaços e recursos para atingir os fins do
processo educativo;
Superar as imposições ou disputas de vontades individuais,
construindo a participação de todos na Gestão Democrática;
Fortalecer o grupo para enfrentar conflitos e contradições
Fases do Planejamento
Elaborar: ver a ação global em que se está, decidir o tipo
de sociedade, de pessoa, de educação, de escola (realidade desejada); verificar
a distância entre a realidade existente e a desejada e propor ações, atitudes e
normas orgânicas para diminuir esta distância;
Executar: agir em conformidade com o que foi proposto;
Avaliar: revisar cada um dos momentos, cada uma das ações,
atitudes e normas e cada um dos documentos derivados, sempre indicando a
compreensão de que as fases do planejamento são inseparáveis.
Dimensões do Planejamento
Planejamento político: capacidade de conceber,
operacionalizar, fazer opção no conjunto de valores, de conhecimentos que
constituem, para o conjunto de pessoas envolvidas, a dialética entre o
horizonte e o “aqui e agora”. Portanto, deve ser construído coletivamente,
tendo na dialética uma forma de perceber que mundo é possível ser construído e
a favor de quem se destina a educação almejada.
Planejamento operacional: a organização e a dinâmica de
relações das opções feitas no planejamento político, sustentadas por
metodologias, modelos e técnicas de busca da coerência entre o discurso e a
prática. O discurso tem a dimensão política e a prática tem a dimensão
operacional.
O planejamento numa perspectiva democrática
Exige relações democráticas de trabalho entre os diversos
profissionais e uma relação dialógica entre professor e educando;
É espaço rico e pertinente à democratização das relações e
do saber na formação de valores.
Projeto Político Pedagógico
O Projeto Político Pedagógico é um documento de destaque no
espaço educativo por agregar a participação de muitos profissionais da escola
no sentido de planejarem e reestruturem seu próprio trabalho. O P.P.P. indica
possibilidade de reflexão, problematização sobre as necessidades da escola de
forma abrangente e a necessidade dos alunos de maneira mais específica.
O P.P.P. pode ser entendido como possibilidade de tornar
realidade o desejo de muitos profissionais, pois ele é estruturado seguindo uma
intencionalidade, diversos objetivos e metas tratadas de forma coletiva.
Projeto Político Pedagógico pode ser considerado uma tomada
de posição diante da realidade natural, social e humana. Implica em um processo
avaliativo em relação ao trabalho já desenvolvido; sempre se põe a favor ou
contra algo existente.
O projeto jamais toma forma definitiva, acabada, pois está
inserido em um contexto de constante transformação. É a oportunidade do ser
humano se lançar na direção do futuro e de suas possibilidades. O Projeto
Político da escola é tarefa dela mesma, processo nunca concluído que se
constrói e se orienta com intencionalidade explícita.
Veiga (2001) afirma ser o P.P.P. eixo ordenador e integrador
do pensar e do fazer do trabalho educativo. Porém a autora ressalta que os
inúmeros procedimentos burocráticos dos quais a escola têm se incumbido
transformando-se em mera instância executiva de planos e programas, ações
instrumentais, preenchimento de formulários, relatórios, inviabiliza uma
reflexão mais atenta sobre o trabalho pedagógico, separando o pensar do fazer.
Assim a escola continua atuando como espaço de legitimação de políticas e
desenvolvimento de uma educação funcionalista e adaptativa.
Segundo Veiga(2003), a concepção de P.P.P. passa a ser
fundamental quando se pensa a educação numa perspectiva emancipatória. Para
Veiga (2001), a escola é um espaço de conflito, confronto e resistência ao
mesmo tempo em que se sugere inovações. Nesse contexto é importante definir a
concepção de educação que se pretende, vislumbrando o homem que se deseja -
formado, bem como a sociedade que se vislumbra perante as contradições apresentadas.
Segundo a autora, nem o homem, nem a escola deveriam se adaptar ao mundo em
mudança, mas sim conhecer a realidade, problematizá-la e refletir sobre as
possibilidades de superação.
A construção do P.P.P. na escola sem tempo para discussão,
sem tempo para colocar em prática a gestão com participação coletiva, sem
articulação com uma política de formação continuada a partir da escola,corre
risco de tornar-se apenas um documento formal.
Lei 9.394/96 e as diretrizes para o Projeto Político
Pedagógico:
Art. 12- Os estabelecimentos de ensino, respeitadas as
normas comuns e as do seu sistema de ensino, terão a incumbência de
elaborar e executar sua proposta pedagógica.
Art. 13- Os docentes incumbir-se-ão de:
participar da elaboração da proposta pedagógica do
estabelecimento de ensino.
Art.14- Os sistemas de ensino definirão as normas da gestão
democrática do ensino público na Educação Básica, de acordo com as suas
peculiaridades e conforme os seguintes princípios:
Participação dos profissionais da educação na elaboração do
projeto pedagógica da escola;
Participação das comunidades escolar e local em conselhos
escolares ou equivalentes
Art.15- Os sistemas de ensino assegurarão às unidades
escolares públicas de educação básica que os integram progressivos graus de
autonomia pedagógica e administrativa e de gestão financeira, observadas as
normas gerais de direito financeiro público.
Pressupostos á serem observados durante a Elaboração do
P.P.P.
Filosófico-sociológicos:formação do cidadão participativo e
reflexivo visando a transformação social;
Epistemológicos: que levam em conta que o conhecimento é
construído e transformado coletivamente;
Didático-pedagógicos: métodos e técnicas de ensino que
valorizem as relações democráticas.
O roteiro abaixo, é indicado como instrumento de análise
quando da proposta de reestruturação do Projeto Político Pedagógico. Para
recolher os dados, é importante consultar o Projeto Político Pedagógico (ou
proposta pedagógica) já existente no espaço escolar. Se a escola não tiver
o.documento, deverá ser realizada a coleta dos dados através de entrevista com
os profissionais da escola e comunidade escolar.
1- Verificar se o Projeto Político
Pedagógico (PPP) ou proposta pedagógica possui sintonia com a LDB nº9394/96,
Diretrizes - DCNs, Parâmetros - PCNs, etc. Analisar consistência interna da
proposta. Informar: onde a escola se situa, sua missão, a identidade do aluno
que quer formar e outros itens constantes na proposta da escola....
2- Verificar se a proposta possui clareza
conceitual, coerência entre diagnóstico, objetivos, ações.
3- Verificar se há viabilidade de execução
da proposta.
4- Organização da escola: horário, turnos,
número de alunos, distribuição de séries e turmas.
5- Formas de tratamento e ações para
problemas disciplinares, normas de convivência, tratamento a ser dispensado aos
pais etc.
6- Projetos desenvolvidos pela escola ou
pelos professores
7- Formas (ou projetos) de inclusão e
atendimento a alunos com necessidades especiais.
8- Filosofia e princípios da escola:
perfil da comunidade, fins educativos etc.
9- Organização do currículo: por
disciplina, por módulo, por tema, por área de conhecimento por projetos ou
outras formas; utilização de livros didáticos; propostas de
interdisciplinaridade.O currículo passa a considerar como finalidade o
planejamento de cursos, de disciplinas, de planos de estudo, do elenco
disciplinar e seus respectivos conteúdos, sobre a atividade de professores e
alunos, ambientes de aprendizagem, recursos humanos, físicos, financeiros, os
tipos e modos de avaliação além do tempo para sua realização.
10-Atividades propostas: para envolvimento da comunidade,
culturais, cívicas, outras...
11-Processo de avaliação: conceito de avaliação expresso na
proposta, indicadores, critérios para promoção, usos dos resultados,
procedimentos de recuperação, aceleração, acompanhamento individual,
encaminhamento dos alunos com dificuldades; planos de adaptação, dependência
(se houver), formas de recuperação;
12-Calendário: Total de dias letivos, período de férias e
recesso, planejamento, reuniões, reuniões, eventos.
13-Plano de formação continuada para os professores: planos,
metas, ações, propostas, recursos, outros.
14-Plano de avaliação da instituição, Avaliação
Institucional.
15-Plano de ação da escola: metas, ações a serem alcançadas
etc.
sábado, fevereiro 07, 2015
Sons e Letras
Aquisição do valor sonoro convencional
Adquirir os valores sonoros convencionais é perceber a correspondência entre grafema e fonema, isto é, apropriar-se do conhecimento de que existe uma relação entre o som /A/ e a letra A, o som /B/ e a letra B, e assim por diante, com todas as letras, que naturalmente estão inseridas em palavras, frases e textos. Um dos pontos fundamentais em relação à aquisição dos valores sonoros convencionais é a ordem de complexidade. Ela é crescente, não-linear, é parcial e com diversos ramos. Isso quer dizer que a aquisição pode ocorrer em diferentes ordens e até simultaneamente, e não há possibilidade de se controlar esse processo. O fato de se organizar um processo apresentando as letras numa determinada ordem não garante a aprendizagem nessa ordem. O professor pode ficar desenvolvendo durante um mês a “família” ba-be-bi-bo-bu e as crianças podem estar adquirindo várias letras, inclusive o B com outras letras, exceto o B propriamente. A compreensão desse fato leva a uma mudança em relação à prática pedagógica. Se o professor sabe que a organização e a sequenciação do processo não levam à aprendizagem nessa
ordem, por que organizar e levar seis meses ou mais para regular a apresentação de todas as letras para as crianças? Mais real é apresentar o alfabeto (campo de trabalho) e permitir que as crianças adquiram na sua ordem natural e em muito menos tempo! Quando se desenvolve essa prática, há a “liberação” da criança para reconstruir o sistema linguístico no seu tempo e, na maioria das vezes, esse tempo é pequeno em comparação com o método tradicional organizado. Interessante ainda ressaltar é o fato de que, apesar do método tradicional organizado pelo professor, grande parte dos alunos reorganiza e reconstrói o sistema linguístico, mas não se manifesta até ser liberados por seu professor. Um exemplo disso é um garoto que, diante de um pote de geleia, leu “Cica”. Em seguida, disse: “Só que eu não posso ler, porque minha professora disse que o “ci” eu ainda não aprendi”. Realizando uma sondagem As investigações sobre a psicogênese da língua escrita permitem ao professor atuar como mediador no processo ensino-aprendizagem e fornecer pistas para o aprendiz tornar-se alfabético. Atividade essencial, nesse processo, é a sondagem diagnóstica, que capacita o educador a conhecer as hipóteses das crianças envolvidas no processo de alfabetização (pré-silábico, intermediário I, silábico, silábico-alfabético e alfabético). Para realizar a sondagem escolhem-se quatro palavras (uma polissílaba, uma trissílaba, uma dissílaba e uma monossílaba, nessa ordem) e uma frase de um mesmo campo semântico (mesmo assunto). Por exemplo: dinossauro, jacaré, gato e boi. O gato dormiu na sala. Pede-se, então, para que as crianças escrevam do jeito que souberem. O professor pode pedir às crianças que ao lado da palavra façam o desenho, que servirá como índice para a leitura. Quando o professor encontra dificuldade para realizar a leitura da escrita da criança, é importante pedir para que ela leia, apontando as letras e sinais correspondentes à fala. Outro elemento importante que pode servir como sondagem é a escrita de textos espontâneos (escrever uma história, como souber). Nesse caso, a análise da escrita pode ser feita a partir dos seguintes parâmetros: não-alfabético, nível intermediário II e alfabético). A partir do material investigado em uma sondagem, pode-se refletir sobre o pensamento da criança e perceber sua hipótese linguística. Isso permite a formação de grupos de trabalho heterogêneos e propostas de atividades diversificadas, que objetivem a desestruturação da hipótese que a criança tem a respeito da linguagem escrita, bem como a construção de uma nova hipótese, culminando na reconstrução do código linguístico. Uma das formas de contribuir para esse trabalho é utilizar jogos. Jogando se aprende a fazer de conta, representar uma coisa por outra, criar códigos, perceber as letras. Apreende-se o valor sonoro convencional e reconstrói o código linguístico. Para que se lê? • Para sentir o texto, dialogar com seu autor ou, simplesmente, para usufruí-lo: sem perguntas, sem questionamentos. É a leitura-prazer. • Para buscar informações, coletar dados. É a leitura-pesquisa. • Para ampliação dos conhecimentos – apossar-se do que já foi construído pela humanidade. • Para esclarecer dúvidas, buscar respostas. Pergunta-se ao texto.
A leitura e a escrita de textos funcionais, científicos e literários, a partir do conhecimento e do domínio das propriedades específicas de cada um; a busca de coerência, interna e externa, de coesão, de harmonia, de movimento e de estabelecimento de paralelos e de ligações, entre o real e o imaginário, possível ou não, em suas produções escritas, são alguns pontos a ser construídos. Viver em sociedade exige conhecer e utilizar-se de diferentes materiais impressos que circulam ou que atropelam, visualmente, as pessoas: outdoor, propagandas, cartazes, panfletos, jornais, revistas, receituário médico, placas, anúncios, bilhetes, catálogo telefônico, circulares, ofícios, requerimentos, cheques e muitos outros. Permitir a exploração destes materiais (leitura e produção) significa partir da realidade dos educandos, isto é, do que é cotidiano; significa, ainda, propiciar-lhes a oportunidade de ampliar e aprimorar a sua competência linguística, de se adaptar à sociedade. As crianças, que vivem num ambiente estimulador, constantemente estão recebendo informações sobre a função social da escrita. • ampliar a memória; recordar aspectos e coisas que possam ser esquecidos (lista de compras, agenda). • encontrar informações urgentes (endereços, telefones...); • comunicar-se à distância (bilhete, recado, carta...). O texto técnico-informativo exige escritor e leitor interessados em determinado tema. Permite o crescimento do indivíduo enquanto ser social e de cultura. Os textos científicos/ informativos possibilitam novas formas de pensamento; trazem novos conhecimentos, permitem avanços científicos e a busca de soluções alternativas. São textos relacionados com o conhecimento sistematizado já produzido pelo homem nos diferentes campos da ciência. Permite acrescentar coisas ao que se sabe. O terceiro tipo de texto inclui um outro aspecto do letramento, que é o prazeroso, o belo, o estético da língua – a literatura.
Envolver-se com literatura é permitir-se conhecer outros padrões linguísticos, enxergar o mundo através de outros olhos e de pensamentos, os mais diversos. É apresentar estilos, o como se utilizar da língua escrita, de forma viva, com muito movimento e harmonia. Permite viagens no tempo – passado e futuro – envolvimento em idéias e acontecimentos de nossa própria escolha. Buscam-se, em um texto, informações, reflexões, pretextos e prazer.
Adquirir os valores sonoros convencionais é perceber a correspondência entre grafema e fonema, isto é, apropriar-se do conhecimento de que existe uma relação entre o som /A/ e a letra A, o som /B/ e a letra B, e assim por diante, com todas as letras, que naturalmente estão inseridas em palavras, frases e textos. Um dos pontos fundamentais em relação à aquisição dos valores sonoros convencionais é a ordem de complexidade. Ela é crescente, não-linear, é parcial e com diversos ramos. Isso quer dizer que a aquisição pode ocorrer em diferentes ordens e até simultaneamente, e não há possibilidade de se controlar esse processo. O fato de se organizar um processo apresentando as letras numa determinada ordem não garante a aprendizagem nessa ordem. O professor pode ficar desenvolvendo durante um mês a “família” ba-be-bi-bo-bu e as crianças podem estar adquirindo várias letras, inclusive o B com outras letras, exceto o B propriamente. A compreensão desse fato leva a uma mudança em relação à prática pedagógica. Se o professor sabe que a organização e a sequenciação do processo não levam à aprendizagem nessa
ordem, por que organizar e levar seis meses ou mais para regular a apresentação de todas as letras para as crianças? Mais real é apresentar o alfabeto (campo de trabalho) e permitir que as crianças adquiram na sua ordem natural e em muito menos tempo! Quando se desenvolve essa prática, há a “liberação” da criança para reconstruir o sistema linguístico no seu tempo e, na maioria das vezes, esse tempo é pequeno em comparação com o método tradicional organizado. Interessante ainda ressaltar é o fato de que, apesar do método tradicional organizado pelo professor, grande parte dos alunos reorganiza e reconstrói o sistema linguístico, mas não se manifesta até ser liberados por seu professor. Um exemplo disso é um garoto que, diante de um pote de geleia, leu “Cica”. Em seguida, disse: “Só que eu não posso ler, porque minha professora disse que o “ci” eu ainda não aprendi”. Realizando uma sondagem As investigações sobre a psicogênese da língua escrita permitem ao professor atuar como mediador no processo ensino-aprendizagem e fornecer pistas para o aprendiz tornar-se alfabético. Atividade essencial, nesse processo, é a sondagem diagnóstica, que capacita o educador a conhecer as hipóteses das crianças envolvidas no processo de alfabetização (pré-silábico, intermediário I, silábico, silábico-alfabético e alfabético). Para realizar a sondagem escolhem-se quatro palavras (uma polissílaba, uma trissílaba, uma dissílaba e uma monossílaba, nessa ordem) e uma frase de um mesmo campo semântico (mesmo assunto). Por exemplo: dinossauro, jacaré, gato e boi. O gato dormiu na sala. Pede-se, então, para que as crianças escrevam do jeito que souberem. O professor pode pedir às crianças que ao lado da palavra façam o desenho, que servirá como índice para a leitura. Quando o professor encontra dificuldade para realizar a leitura da escrita da criança, é importante pedir para que ela leia, apontando as letras e sinais correspondentes à fala. Outro elemento importante que pode servir como sondagem é a escrita de textos espontâneos (escrever uma história, como souber). Nesse caso, a análise da escrita pode ser feita a partir dos seguintes parâmetros: não-alfabético, nível intermediário II e alfabético). A partir do material investigado em uma sondagem, pode-se refletir sobre o pensamento da criança e perceber sua hipótese linguística. Isso permite a formação de grupos de trabalho heterogêneos e propostas de atividades diversificadas, que objetivem a desestruturação da hipótese que a criança tem a respeito da linguagem escrita, bem como a construção de uma nova hipótese, culminando na reconstrução do código linguístico. Uma das formas de contribuir para esse trabalho é utilizar jogos. Jogando se aprende a fazer de conta, representar uma coisa por outra, criar códigos, perceber as letras. Apreende-se o valor sonoro convencional e reconstrói o código linguístico. Para que se lê? • Para sentir o texto, dialogar com seu autor ou, simplesmente, para usufruí-lo: sem perguntas, sem questionamentos. É a leitura-prazer. • Para buscar informações, coletar dados. É a leitura-pesquisa. • Para ampliação dos conhecimentos – apossar-se do que já foi construído pela humanidade. • Para esclarecer dúvidas, buscar respostas. Pergunta-se ao texto.
A leitura e a escrita de textos funcionais, científicos e literários, a partir do conhecimento e do domínio das propriedades específicas de cada um; a busca de coerência, interna e externa, de coesão, de harmonia, de movimento e de estabelecimento de paralelos e de ligações, entre o real e o imaginário, possível ou não, em suas produções escritas, são alguns pontos a ser construídos. Viver em sociedade exige conhecer e utilizar-se de diferentes materiais impressos que circulam ou que atropelam, visualmente, as pessoas: outdoor, propagandas, cartazes, panfletos, jornais, revistas, receituário médico, placas, anúncios, bilhetes, catálogo telefônico, circulares, ofícios, requerimentos, cheques e muitos outros. Permitir a exploração destes materiais (leitura e produção) significa partir da realidade dos educandos, isto é, do que é cotidiano; significa, ainda, propiciar-lhes a oportunidade de ampliar e aprimorar a sua competência linguística, de se adaptar à sociedade. As crianças, que vivem num ambiente estimulador, constantemente estão recebendo informações sobre a função social da escrita. • ampliar a memória; recordar aspectos e coisas que possam ser esquecidos (lista de compras, agenda). • encontrar informações urgentes (endereços, telefones...); • comunicar-se à distância (bilhete, recado, carta...). O texto técnico-informativo exige escritor e leitor interessados em determinado tema. Permite o crescimento do indivíduo enquanto ser social e de cultura. Os textos científicos/ informativos possibilitam novas formas de pensamento; trazem novos conhecimentos, permitem avanços científicos e a busca de soluções alternativas. São textos relacionados com o conhecimento sistematizado já produzido pelo homem nos diferentes campos da ciência. Permite acrescentar coisas ao que se sabe. O terceiro tipo de texto inclui um outro aspecto do letramento, que é o prazeroso, o belo, o estético da língua – a literatura.
Envolver-se com literatura é permitir-se conhecer outros padrões linguísticos, enxergar o mundo através de outros olhos e de pensamentos, os mais diversos. É apresentar estilos, o como se utilizar da língua escrita, de forma viva, com muito movimento e harmonia. Permite viagens no tempo – passado e futuro – envolvimento em idéias e acontecimentos de nossa própria escolha. Buscam-se, em um texto, informações, reflexões, pretextos e prazer.
Alfabetização e Letramento
O QUE É LETRAMENTO?
Processo de aprendizado do uso da tecnologia da língua escrita. Isto é, a criança pode utilizar recursos da língua escrita em momentos de fala, mesmo antes de ser alfabetizada. Esse aprendizado se dá a partir da convivência dos indivíduos (crianças/adultos, crianças/crianças), com materiais escritos disponíveis - livros, revistas, cartazes, rótulos de embalagens, entre outros -, e com as práticas de leitura e de escrita da sociedade em que se inscrevem. Esse processo acontece pela mediação de uma pessoa mais experiente através dos bens materiais e simbólicos criados em sociedade.
• NÍVEL DE LETRAMENTO
Este, é determinado pela variedade de gêneros de textos escritos que a criança ou adulto reconhece. A criança que vive em um ambiente em que se leem livros, jornais, revistas, bulas de remédios, enfim, e qualquer outro tipo de literatura (ou, em que se conversa sobre o que se leu, ou mesmo, em que uns leem para os outros em voz alta, leem para a criança enriquecendo com gestos e ilustrações), o nível de letramento será superior ao de uma criança cujos pais não são alfabetizados e não teve o privilégio de conviver com pessoas que pudessem favorecer este contato com o mundo letrado.
• ALFABETIZAÇÃO
O processo de descoberta do código escrito pela criança letrada é mediado pelas significações que os diversos tipos de discursos têm para ela, ampliando seu campo de leitura através da alfabetização. Antigamente, acreditava-se que a criança era iniciada no mundo da leitura somente ao ser alfabetizada, pensamento este ultrapassado pela concepção de letramento, que leva em conta toda a experiência que a criança tem com leitura, antes mesmo de ser capaz de ler os signos escritos. Atualmente, não se considera mais como alfabetizado quem apenas consegue ler e escrever seu nome, mas quem sabe escrever um bilhete simples. Portanto, letramento decorre das práticas sociais que leituras e escritas exigem nos diferentes contextos que envolvem a compreensão e expressão lógica e verbal. É a função social da escrita. Enquanto que a alfabetização se refere ao desenvolvimento de habilidades da leitura e escrita.
Processo de aprendizado do uso da tecnologia da língua escrita. Isto é, a criança pode utilizar recursos da língua escrita em momentos de fala, mesmo antes de ser alfabetizada. Esse aprendizado se dá a partir da convivência dos indivíduos (crianças/adultos, crianças/crianças), com materiais escritos disponíveis - livros, revistas, cartazes, rótulos de embalagens, entre outros -, e com as práticas de leitura e de escrita da sociedade em que se inscrevem. Esse processo acontece pela mediação de uma pessoa mais experiente através dos bens materiais e simbólicos criados em sociedade.
• NÍVEL DE LETRAMENTO
Este, é determinado pela variedade de gêneros de textos escritos que a criança ou adulto reconhece. A criança que vive em um ambiente em que se leem livros, jornais, revistas, bulas de remédios, enfim, e qualquer outro tipo de literatura (ou, em que se conversa sobre o que se leu, ou mesmo, em que uns leem para os outros em voz alta, leem para a criança enriquecendo com gestos e ilustrações), o nível de letramento será superior ao de uma criança cujos pais não são alfabetizados e não teve o privilégio de conviver com pessoas que pudessem favorecer este contato com o mundo letrado.
• ALFABETIZAÇÃO
O processo de descoberta do código escrito pela criança letrada é mediado pelas significações que os diversos tipos de discursos têm para ela, ampliando seu campo de leitura através da alfabetização. Antigamente, acreditava-se que a criança era iniciada no mundo da leitura somente ao ser alfabetizada, pensamento este ultrapassado pela concepção de letramento, que leva em conta toda a experiência que a criança tem com leitura, antes mesmo de ser capaz de ler os signos escritos. Atualmente, não se considera mais como alfabetizado quem apenas consegue ler e escrever seu nome, mas quem sabe escrever um bilhete simples. Portanto, letramento decorre das práticas sociais que leituras e escritas exigem nos diferentes contextos que envolvem a compreensão e expressão lógica e verbal. É a função social da escrita. Enquanto que a alfabetização se refere ao desenvolvimento de habilidades da leitura e escrita.
Direção de Classe e Sala de Aula
Os graus de direcionamento das atividades na aula variam de
professor para professor; podem ser classificado em escala que vai do controle
absoluto á situação em que é deixada liberdade de iniciativa aos alunos, com
pouca interferência. Num extremo temos o que muitas vezes é definido como
professor tradicional, no outro aquele professor considerado aberto e moderno.
Se observarmos bem a maior parte dos professores situam-se em posição
intermediária. O estilo de ensino está ligado a peculiaridade do professor. Em
geral, o professor impõe sua personalidade e por isso determina um
“estilo” na condução da classe.
O conhecimento é o processo pelo qual o homem tem a
possibilidade de interferir na natureza, transformá-la e adaptá-la as suas
necessidades.
A aprendizagem se
modifica na história e passa pela visão de homem e de mundo que possuí.
No processo ensino aprendizagem o ser humano é capaz de
reter na memória: usar os elementos (apreendidos) em outras situações:
transmitir para outros (socializar/mediar) e permitir o aperfeiçoamento e a
evolução científica.
No processo ensino aprendizagem existe duas relações
importantes:
Inter-psíquica = é a relação aluno/professor/cultura (sala
de aula);
Intra-psíquica = é a interação (síntese) que faz de um
temática com outros conhecimentos já adquiridos e com outros mediadores.
DIREÇÃO DE CLASSE
É estabelecer e mostrar o estado em que se encontra o ensino-aprendizagem.
Buscando como principal alvo o aluno, através dos métodos da construção de
conhecimentos. Transmitir conhecimentos é determinar a aprendizagem a direção
de classe está interligada a situação de ensino. Podemos assim dizer que a
direção de classe é um dos fatores que leva o educando a formar e sistematizar
determinados conhecimentos.
Há, porém vários discursos em relação ao não diretivismo,
alegando as diferenças individuais, criatividade e respeito ao aluno, tendo
como princípio que o aluno aprende o que quer e na hora que estiver disposto a
querer aprender.
Senso assim o professor fica dispensado de ensinar pelo
exposto houve uma confusão entre o respeito a individualidade, e a
criatividade, pois a educação é um processo diretivo. Mesmo quando do professor
educador deixa o aluno descobrir por si próprio tem muitos objetivos a serem
alcançados.
O educando constrói seu próprio conhecimento ao aprender a
diretividade na educação em geral, e no ensino em especial é uma questão de
grau.
Todos somos educadores e educandos, ao mesmo tempo. No
momento que ensinamos e somos ensinados nas diversas circunstâncias de nossas
vidas.
Antes de ser professor devemos ser educadores protagonistas
do novo, revendo, prevendo e organizando, só assim podemos apresentar aos
alunos situações didaticamente estruturadas no sentido de auxiliá-los a
perceber, generalizar e formar o conhecimento, transformando-o num conhecimento
cientificamente estruturado. Por isso a direção de classe é uma necessidade
como forma de estabelecer e propor atividades de ensino–aprendizagem.
A direção de classe propõe:
Planejar as aulas;
Selecionar e estruturar os conteúdos;
Prever e utilizar adequadamente recursos incentivados e
materiais audiovisuais;
Organizar atividades individuais e em grupos interessantes e
bem dosadas, que auxiliem o aluno na construção do conhecimento;
Avaliar continuamente os progressos realizados pelos alunos,
mostrando os seus avanços e dificuldades, e como podem aperfeiçoar o seu
conhecimento.
Sugestões:
- Prever os conteúdos e atividades a serem desenvolvidos,
bem como seus objetivos, interesses e necessidades a nível do aluno. Planejando
de forma flexível, satisfazendo as reais necessidades do aluno.
- Buscar fazer o aluno participar com sugestões planejando a
aula.
- Clarear qual o objetivo que se quer chegar com este ou
aquele conteúdo.
- Adotar atividades de diálogo no seu dia á dia de docente
na sala, não esquecendo da experiências anteriores.
- Propor-lhes atividades desafiadoras, situações
problematizadoras, nas quais eles tenham que descrever, falar, relatar,
dialogar ,escrever, comparar , observar, localizar etc.
- Ao expor um novo conteúdo, verificar nos alunos novas
experiências sobre tal assunto, buscando relaciona–los sempre com a realidade
diária dos alunos.
- Ocupar o aluno o tempo todo, com constante atividade, pois
o trabalho garante também disciplina.
- Perceber os avanços dos alunos no processo de construção
do seu conhecimento, avaliando continuamente, fornecendo-lhes os resultados,
não só com a nota mas mostrando os meios pelos quais foram avaliados (prova,
trabalho, etc.) e no que erraram ou acertaram e como podem melhorar em todos os
aspectos.
- Ser breve na correção e retorno das avaliações, pois
quanto mais o retorno mais rápido os alunos poderão corrigir-se e avançar na
construção de seu próprio conhecimento.
- Motivar os alunos para que eles mesmos pratiquem a
auto-avaliação, com atitudes críticas sobre seu comportamento e em relação a
seus próprios conhecimentos.
- Enfatizar o progresso dos alunos no seu processo de
aprendizagem quanto ao esforço e valorização.
- Dividir distribuindo tarefas e funções de maneira que
permita que cada aluno participe e coopere ativamente da aula.
Lembrando que cada região encontramos realidades
diversificadas, como também encontramos cada classe com sua particularidade.
Realidades diferentes com características próprias requerem que cada professor
(educador) busque seu próprio aperfeiçoamento de aprendizagem onde encontrará
um caminho próprio para cada realidade e cada classe diferente, se mostrando aí
antes de ser um professor ,ele é um educador por excelência.
No entanto vale lembrar aqui que todo professor enquanto
indivíduo tem sua personalidade orientada por valores e princípios de vida, que
direta ou indiretamente influi no seu comportamento (atitudes) diária. Não
esquecendo que o educador auxilia na formação da personalidade do educando. Na
relação professor–aluno o diálogo é indispensável.
O professor tem duas funções básicas: incentivador e
orientador. Quanto há disciplina e fórmulas prontas depende muito da postura de
cada professor, sendo sua postura dependente da linha da diretoria da
instituição sendo também a postura relacionada com o estilo de cada classe que
varia muito. Professor–aluno devem sempre propor, analisar e discutir juntos
qualquer assunto. Motivação é um processo psicológico, que depende de cada
aluno e do seu nível de aspiração.
VERDADEIRA CONTRADIÇÃO
Como inverter o sentido deste movimento? Como cortar esse
círculo vicioso desagregador e estéril? Será que, como dizem os conciliadores,
a solução está no meio da contradição repressão/liberdade? Não, o rompimento
com este círculo vicioso se dá com a compreensão de que a contradição
“liberdade e repressão” é falsa, que só serve para a desorientação pedagógica,
dissipando sua energia criadora. Que a verdadeira questão que se coloca para a
construção do trabalho de sala de aula se refere à participação coletiva e
ativa.
PARTICIPAÇÃO ALIENADA E PASSIVA
Participação alienada e passiva é o que caracteriza a
”integração” do aluno, de forma geral no processo educacional como um todo. É
um dado de partida, que existe objetivamente e que não é específico de uma
escola. Quando colocamos que o “aluno alienado” é nosso ponto de partida,
estamos nos referindo a um amplo processo social que torna a pessoa como
objeto, que embrutece os seus sentidos, que a torna egoísta e preconceituosa,
competitiva e agressiva, incapaz para um relacionamento cotidiano de respeito
franco (não formal) e coletivo. E como tal atinge tanto os alunos quanto os
professores.
Temos, na sala de aula, tantos microcosmos quantas forem as
pessoas lá presentes, cada uma com sua história, seu quadro de valores, suas
expectativas e ansiedades, seu potencial intelectual, suas situações afetivas
(remotas e recentes), suas idéias e crenças, sua visão de mundo, sua classe
social, tipo físico, sua participação em grupos exclusivos (que às vezes
possuem até linguagem), etc. O processo de alienação e objetivação transforma
todas estas diferenças em elementos de competitividade e fechamento. E as
desigualdades, mesmo que ocorram entre “iguais” (como os alunos),
transformam-se em verdadeiros abismos que separam brutalmente as pessoas umas
das outras. Acrescente-se a este mundo um elemento, o professor, cuja função se
destaca e se diferencia por sua própria dinâmica e teremos uma brutal
separação: a “terra de ninguém” que separa as duas trincheiras é exatamente
esta alienação.
Este processo de objetivação não separa apenas as pessoas
umas das outras. Separa uma pessoa, também, de si própria. Os nossos destinos
se desenvolvem sem que neles tenhamos quase que qualquer interferência. Eles já
se encontram determinados por um jogo cego e inconsciente que independe da
vontade de seus participantes: os alunos lá estão porque a família assim
determinou a esta determinação familiar não se origina numa escolha de valores
humanistas, mas geralmente de uma concepção “financeira”, de manutenção ou de
ascensão de status. Já o professor, que descaminhos o conduziram para a sala de
aula, onde o desânimo, a passividade, a quase completa falta de estímulos
predomina? São quase inexistentes os impulsos conscientes que motivam o
indivíduo a compor a sala de aula, seja aluno ou professor. Porém eles estão
lá, “forçados”, contra a vontade, submetidos a um mecanismo cego e
incompreensível. É este processo automático e mecânico da alienação que toma a
participação em sala de aula (tanto do aluno como também do professor)
totalmente passiva.
Esta separação brutal dos indivíduos e a sua passividade
mecânica são processos objetivos que brotam diretamente do organismo social. As
pessoas isoladamente não são culpadas, a culpa encontra-se na relação social,
que estrutura as pessoas sob a violência objetivada. Ora, como podemos ter a ilusão
de que um dos participantes deste turbilhão, o professor, consiga desencadear
um processo de aprendizagem num universo tão diversificado quanto este? Se suas
palavras não têm o mesmo significado para as diferentes pessoas, se as
expectativas são as mais diversas, se o próprio conteúdo que o professor
pretende passar não tem nada a ver com a realidade de cada um, sendo que,
muitas vezes, o próprio professor não sabe justificar o porquê daquele
conteúdo, a não ser com saídas evasivas como “é matéria obrigatória”, “vai
precisar no vestibular”? Como dizem que há educação, se cada um mal conhece
interesses imediatos, preconceitos, superficialidade, funcionalidade? Se a vida
tem que ficar de fora? Se não há respeito pelo desejo de aprender de alguns,
por parte daqueles que, em nome de uma pseudo-liberdade, entregam-se a um
vandalismo educacional?
Ao não perceber que o processo de alienação e objetivação é
um processo social, que se dá nas relações entre as pessoas, o professor
sucumbe, passa ver nos alunos a culpa, ao invés de compreendê-los como vítimas
que, igual a ele, encontram-se triturados e amortecidos pela “morte em vida” da
alienação. A partir deste ponto o professor cai de cabeça nesta inconsciência
coletiva. Já não consegue distinguir entre liberdade e desrespeito coletivo,
não se interessa mais em motivar os alunos. Perde a sensibilidade de aprofundar
o que é de interesse geral e se perde em minúcias ou interesses particulares.
Porém educar é romper esta cadeia de alienação, é ativar o corpo e a mente, é
desenvolver todas as potências lógicas e afetivas, é fazer funcionar “cada um
dos 16 bilhões de neurônios”, verdadeiras usinas nucleares de criatividade.
Então, como educar?
PARTICIPAÇÃO COLETIVA E ATIVA
Ora, se a culpa é de relação entre os indivíduos isolados, é
esta relação que deve ser o nosso alvo prioritário. Se as pessoas encontram-se
brutalmente separadas, se existe “uma terra do ninguém” entre elas, é
necessário atravessá-la, quebrar os muros de bloqueio, unir os microcosmos num
universo criador. É necessário resgatar a humanidade perdida, quebrar o
automatismo e a passividade da participação, tornando as pessoas conscientes e
senhoras de seus destinos.
Repetindo: se a culpa é da relação social, é necessária
transformá-la, em nossa escola e na sala de aula. Criar uma nova relação
educacional entre os agentes da nossa comunidade. É esta nova relação que vai
gerar novos homens. A participação alienada e passiva devemos, pois, opor a
participação coletiva e ativa.
O aspecto coletivo da participação deve ser visto, não como
um processo despersonalizador mas, pelo contrário, como o principal instrumento
de construção de individualidade. Se a realização da humanidade e das pessoas
acontece quando elas sentem que contribuem para a construção da felicidade
coletiva; se a felicidade nunca pode ser encarada como um bem individual, mas
sim um bem coletivo; se o “mal” não reside nas pessoas, mas nas relações entre
as pessoas então, a construção de coletividade onde estas relações se
transformam, perdendo seu caráter embrutecedor, onde as pessoas se respeitam
francamente, onde o relacionamento não seja intermediado por preconceitos e
agressões, onde o homem deixa de ser uma coisa, é o meio mais eficaz de ser
formar individualmente participantes de forma ativa e responsável.
DINÂMICA INTERNA DE SALA DE AULA
O fator predominante na dinâmica interna em sala de aula é o
posicionamento do professor. A medida que o professor vai se posicionando, as
coisas vão caminhando. Porém é preciso que sejam repousados em conhecimentos
transmitidos, como também no modo de transmissão do professor.
O melhor livro didático poderá ser inadequado e o trabalho
ficará comprometido, pois ele apenas propõe caminhos, estimula buscas, sugere
roteiros que, no entanto, podem despertar amplas e fecundas possibilidades. A
maior parte dos livros didáticos apresentam apenas uma face da realidade, não
falsa, mas muitas vezes, pouco representativa para a maioria dos alunos.
A transmissão de um conjunto de conhecimentos desvinculado
do cotidiano deles ou a quem se destina, de um saber pronto e acabado, sempre
ocupou o primeiro plano das preocupações de muitas escolas voltada basicamente
para a consolidação e manutenção da dominação econômica, política e ideológica
da sociedade capitalista. Ao contrário de levar os alunos a um conhecimento
mais profundo da realidade e a um posicionamento crítico frente a essa
realidade, a aula na maior parte das vezes, parece servir apenas a propósitos
de memorização.
Há professores que parecem esquecer que para a assimilação
dos assuntos, importa não só a quantidade como também a qualidade dos
conteúdos. O relacionamento com a realidade vivencial do aluno é necessária a
fim de levá-lo a pensar criativamente, a resolver problemas, a manipular
idéias, a fim de proporcionar-lhe também liberdade para explorar e
experimentar, em fim, de conduzi-lo á reflexão e a ação. É de suma importância
a presença do professor na prática diária de sala de aula, pois cabe a ele a
tarefa, tão necessária, deve fazer com que o conteúdo do livro didático
torne-se reflexo dos diferentes pontos de realidade que é dinâmica e mutável.
“(...) Aquelas respostas a que o aluno aspira, tem
necessidade de ser guia do professor.”
Reformular e enriquecer cada conteúdo, desenvolvido e
facilitando a capacidade de percepção, aprender uma totalidade mas ampla e
universal pois somos nós, professores, os responsáveis pela consciência crítica
que nossos alunos obtém entre outras situações, pela vivência coletiva, pela
pesquisa do livro didático, da maneira cômoda adotado por alguns professores
não permite que tal fato ocorra.
Indagações a respeito do plano de curso que leva em
considerações os conteúdos abordados, os objetivos a serem atingidos e as
estratégias a serem empregadas em cada unidade, anexo ao livro didático.
Verifica se que o trabalho de alguns professores se limita a reproduzir tópicos
de programas de ensino. Estes professores se fazem “repetidos” pois não
interrogam-se sobre aquilo que transmitem, e os alunos, sobre o que executam.
Cabe ao professor preparo e senso crítico para a adaptação
dos conteúdos metodológicos de ensino e avaliação da realidade da clientela
escolar. Parece existir uma preocupação acentuada de alguns professores em
preparar os alunos para as provas. Não procuram relacionar com a aprendizagem
anterior e a realidade vivênciada pelos alunos, fazendo com que os conteúdos do
livro didático, muitas vezes, pareçam abstratos e de difícil compreensão.
Os professores eliminam a etapa reflexiva da leitura ao
fazer com que os alunos se encaixem na interpretação fornecida no manual do
professor, certa, pronta e acabada. Fica reforçada a idéia de que o mais
importante é a técnica de leitura em si, nada mais. O texto, como é
apresentado, não ajuda a desenvolver nos alunos a reflexão, a criatividade e a
criticidade. Transformando-os em consumidores passivos de mensagem. Professor é
aquele que guia e que tem autoridade para guiar. É preciso reagir elevar os
alunos a problematizarem, questionarem e aprovarem com criatividade.
É preciso que o professor ouça e se faça ouvir, faça com que
os alunos não só compreendam as idéias vinculadas pelos autores mas, os levam
também a posicionarem-se diante delas, dando início ao confronto das idéias
evidenciadas. A partir da dinâmica interna de sala de aula, do relacionamento
professor-aluno, é possível também descobrir formas de influenciar a dinâmica
externa para tentar modificá-la e não apenas constatar sua existência. Neste
enfoque, a utilização do livro didático, a análise da transmissão do
conhecimento pelo professor diz respeito não somente ao “como”, mas
principalmente ao “que” e ao “quando” se ensina. Deve partir em primeiro lugar
do reconhecimento do contexto do qual e a partir daqui uma certa mensagem esta
sendo transmitida.
O professor deve ser aquele que vai buscar caminhos, formas
de organizar e executar o trabalho pedagógico que respondam a uma nova
concepção de educação, que definam outros fins e que exijam novas metodologias.
Nesta nova postura, o livro didático, a mensagem transmitida por meio da linguagem
oral e escrita tem outro sentido, partido do aluno real que vive numa sociedade
real, os fins últimos são a instrumentalização do aluno para a modificação da
sociedade. Este processo ocorre na medida em que o professor e o aluno, ao
utilizarem o livro didático. Sintonizam o conteúdo discutido com o contexto
escolar e cultural mais amplo.
Utilizando-se de estratégias variadas, alguns professores
procuram trabalhar os mesmos assuntos de novas formas, não tornando o assunto
cansativo, cada nova unidade exercícios de revisão já vistas. “(...) Aprende-se
muito através do uso de procedimentos e atividades variadas e, principalmente
da discussão dos erros (... )” - professor. Dependendo da ocasião, aponta-se
fontes complementares para os assuntos estudados, incentiva-se o uso da
biblioteca mostrando-se, de certa maneira, abertos a intervenção dos alunos.
Uma das formas para resolver o problema da dificuldade de
certos exercícios que constavam no livro é aumentar o número de exemplos até se
tornarem familiares aos alunos. Através dos mais variados exercícios, o aluno
pode aprender e chegar a conclusões normativas, anulando o trabalho de pura
repetição. Na correção dos exercícios, transcrever todas as questões no quadro
e a parte de sua análise e correção, utilizar dos acertos e dos erros para
ensinar os alunos a encontrarem os “concertos” possíveis, a compreenderem
melhor, assim diminuía a possibilidades de repetição mecânica.
Partindo de situações típicas de mensagens orais e mesmo
gírias, pedir aos alunos que a traduzam para a linguagem formal e vice–versa. A
valorização da própria linguagem dos alunos, mostra-lhe a diferença entre
linguagem coloquial (formas de expressão de acordo com a cultura que pertencem)
e a linguagem culta (de acordo com as normas gramaticais). Para a correção das
falhas é preciso naturalidade de expressão e a espontaneidade na comunicação.
Após a determinada leitura de um texto didático observou-se
série de rupturas, em relação ao texto original, haviam contradições entre a
realidade textual e o contexto relacionado com a vivência dos alunos. Devemos
procurar ser cada vez mais ligações em nossas idéias e atividades. Antes de
abordarem qualquer texto, os professores devem preparar o tema, procurar
despertar o interesse da classe para o tema falando sobre o autor, discutindo a
importância ou a atualidade do assunto ou ainda comparando-a com a experiência
pessoal dos alunos. O professor pode pedir comprovação, fazendo perguntas do
tipo: “como você pode justificar essa resposta”. Não se deve constatar com a
simples obtenção da resposta certa.
Percebe-se que as respostas no livro do professor constitui
apenas uma sugestão, pois os professores aceitam dos alunos respostas que
revelem ser possíveis diante de um texto, mesmo que não corresponda exatamente
ao que constata no manual. Na verdade é com as suas experiências pessoais que o
aluno constrói a síntese da sua própria conclusão. Devemos levar o aluno a se
conscientizar de que os exercícios sobre um material escuro não objetiva a
simples guarda ou memorização, mas o compreender e a crítica.
Construção da participação coletiva e ativa:
- Ao professor cabe, pois dirigir o processo de construção
de coletividade da sala de aula. E esta direção não pode ser guiada pelos
parâmetros de contradições liberdade/repressão, mas sim pelos da
coletividade/alienação. O professor como coordenador do processo não pode ser
omisso, mas profundamente ativo.
Relacionamento:
- Muitos professores costumam deixar levar-se por situações
que não são significativas para toda a classe, mas apenas a um pequeno grupo e
até, para um só aluno. Não deve perder de vista nunca o trabalho coletivo e a
partir dele dar respostas as diferentes solicitações, evitando sempre que uma
só se imponha as outras, mesmo que partindo dos mais brilhantes alunos.
O educador deverá estar atento para os preconceitos, que são
os fatores de marginalização, frutos da ideologia dominante. Há que agir sobre
eles sem discursos cansativos, mas com firmeza e decisão suficiente que
demonstram claramente o erro e que abre o caminho da correção. Há que estar
atento aos alunos mais frágeis, que escapam a coletividade ou que resistem a
ela, e saber desenvolver uma ação paralela de orientação, dar ao aluno
condições de compreender as origens de seus desvios e que permitam a superação
dos mesmos.
A construção do relacionamento humano é fundamental para o
processo educativo. Os próprios alunos percebem que uma classe unida, onde há
calor humano, respeito aceitação, é motivo de “dar gosto de vir para escola”,
ajudando, inclusive, a lidar com seus defeitos.
A construção da coletividade em sala de aula e da escola não
tem nada a ver, devido a massificação. Pelo contrário, quando o professor se
volta para o trabalho coletivo e tem nele a principal referência, é quando melhor
vai poder avaliar os seus alunos e a si mesmo, como integrantes da verdadeira
prática libertadora.
AUTO-QUESTIONAMENTO
A construção da coletividade na sala de aula exige um
auto-questionamento constante do professor. “Será que tenho convicção de que estou
transmitindo algo importante para os meus alunos, ou considero que a matéria
que ensino é chata ou de pouca importância para a vida deles? Tenho me
preparado (dentro das limitações) para as aulas ou vou apenas pelas
experiências dos anos anteriores? Tenho procurado formas adequadas de trabalhar
o conteúdo? Que tipo de relacionamento tenho tido com os alunos (em termos de
maioria): confronto, defesa, agressão, compreensão, afetividade, competição,
hostilidade, poder, ameaça ou amizade, respeito, diálogo, interesse, incentivo,
desafio construtivo, motivação? Tenho jogado a culpa só nos alunos: vocês são
alienados, individualistas, consumistas, irresponsáveis, bagunceiros, infantis,
eximindo-me de qualquer responsabilidade? A consciência crítica começa pela
autoconsciência.”
DIÁLOGO E PODER
Um relacionamento novo na construção da coletividade só se
fará pelo diálogo franco; a professores que estão dando aula apenas por uma
necessidade econômica, ou não tem afinidade psico-afetivas para trabalhar com
tal faixa etária, ou que cometam erros no decorrer do processo; que tem
limitações sensíveis, etc. Por mais difícil que possa ser este tipo de diálogo
é muito importante, pois as contradições podem aparecer e fica mais fácil,
tanto para a classe, quanto para o professor, trabalhar com elas.
Para haver diálogo verdadeiro não pode haver formas
agressivas de pressão e de poder. Isto é quase impossível na escola, pois o
professor detêm o poder numa série de situações (notas, advertências, etc.).
Entretanto, considerando o objetivo comum de melhorar as aulas, o professor
deverá abrir mão, o mais possível de algumas destas formas de poder. Por outro
lado, o poder pode ser utilizado, de forma não agressiva, para o bem da
coletividade. Para tanto, deve ser legitimado por essa coletividade e novamente
a legitimação é o diálogo. É necessário que cada ato deste poder tenha o seu
conteúdo o mais claro possível.
Por que deve haver necessidade de exercer este poder?
Devemos estar atentos para o fato de que quando se inicia um processo de
transformação, a primeira resposta pode não ser a melhor, pois é fruto de
autoritarismo assimilado, lembrando a questão do opressor e do oprimido,
levantada por Paulo Freire. De modo geral podemos dizer que, se fossemos
identificar opressor e oprimido numa sala de aula, os alunos ficariam como
oprimidos. Pois, cada oprimido “hospeda” um opressor dentro de si (modelo que
foi assimilado pela própria educação hierarquizada).Temos que reconhecer que
temos limitações, mas também muitas possibilidades inexploradas
pedagogicamente.
CONDIÇÕES INICIAIS DE TRABALHO
Para que o trabalho em sala de aula possa se desenvolver, há
necessidade de se terem condições mínimas favoráveis; estas condições devem ser
construídas pelos elementos participantes do processo educativo; deve-se
destacar que a responsabilidade pela obtenção desse ambiente de trabalho é
tanto do educador quanto dos educandos: freqüentemente esperamos que outros, os
superiores nos passem as ordens, pois vivemos numa sociedade marcada pelo mando
e desmando, estruturada de cima para baixo. A sociedade é dominada pelos
adultos; na sala de aula o professor representa o mundo dos adultos e isso já
contribui para a criança ou jovem. Ter um tipo de comportamento semelhante
aquele que ele tem fora da escola com os adultos que o rodeiam (agressão
gratuita). As relações que são estimuladas geralmente são as de obediência,
submissão, silêncio, enfim de repressão de toda possibilidade de manifestações
interior mais autênticas e criativas.
O que fazer? Existem inúmeras variáveis envolvidas no
processo, mas o fato é que queremos e precisamos dar nossas aulas, e da maneira
mais satisfatória possível. Apesar que, aparentemente, a partir do velho a
perspectiva é nova: a superação do velho; o que não pode ocorrer é parar no
meio do caminho, pois aí seria, de fato, o velho. Não podemos partir do
pressuposto do falso, que todos os alunos sabem por que estão na escola, na
cabeça deles há uma mistura entre bagunça e espaço para liberdade.
CONCLUSÃO
O professor tem uma proposta, sendo em grande parte de sua
responsabilidade, garantir que ela aconteça, uma vez que sabe onde quer chegar,
sabe o que quer e está comprometido com o trabalho; assim não basta ensinar,
deve estar atento para que o ensinado seja aprendido (só há ensino quando há
aprendizagem).
Uma classe é um conjunto de pessoas diferentes; neste ponto
entra a necessidade da clareza, para poder assumir um certo grau de firmeza
quando for preciso. “Não se trata do fim justifica o meio”, mas de usar o meio
preciso, coerente com o fim, numa visão de totalidade. Não se perde a ternura
quando se sabe porque se endurece. Vale lembrar a frase de Santo Agostinho
“Odeie o pecado, mas ame o pecador”.
Essas considerações são apenas indicações de início de
trabalho. Efetivamente o grande desafio é a construção da proposta educacional
no seu cotidiano de sala de aula; aí sim é que teremos que possibilitar a
superação de uma participação passiva e alienada por uma participação ativa e
coletiva; entendemos que sem um clima de trabalho, por melhores que sejam as
intenções, nada se fará de significativo. Trata-se de lutar contra aquilo que
impede a efetivação da educação libertadora. É necessário uma tomada de posição
do educador diante do ato educativo: assumir uma postura pedagógica fundamentada.
Trata-se realmente de defender um tipo de educação educativa. Construção da
participação coletiva e ativa supera a pseudo-educação do repressor, supera
também os limites da sala de aula e se abre para um compromisso de
transformação da sociedade.
Pela proposta não queremos formar populistas de belos
discursos e práticas fascistas. Desejamos contribuir na formação de pessoas
competentes em conhecimentos, inseridas e comprometidas com a realidade,
humanizadas, capazes de gerar uma sociedade nova.
A nova sociedade é sonho, utopia e horizonte, mas plenamente realizável. É sociedade onde o saber, o poder, o possuir e o viver sejam plenamente socializados.
A nova sociedade é sonho, utopia e horizonte, mas plenamente realizável. É sociedade onde o saber, o poder, o possuir e o viver sejam plenamente socializados.
BIBLIOGRAFIA
- GRAMSCI. Os intelectuais e a Organização da Cultura. 4ª
ed. Rio de Janeiro, Civilização brasileira, 1982.
- LIMA, L. C. Vasconcelos. C S – Revista Ação Pedagógica. Número 01. São Paulo, 1984.
- VASCONCELLOS, C. S. Subsídios Metodológicos para uma Educação Libertadora na Escola. São Paulo, Libertad, 1989.
- Apostila Fornecida Durante o Curso de Didática pela Professora Responsável.
- LIMA, L. C. Vasconcelos. C S – Revista Ação Pedagógica. Número 01. São Paulo, 1984.
- VASCONCELLOS, C. S. Subsídios Metodológicos para uma Educação Libertadora na Escola. São Paulo, Libertad, 1989.
- Apostila Fornecida Durante o Curso de Didática pela Professora Responsável.
sexta-feira, fevereiro 06, 2015
NOSSAS CRIANÇAS E SEU DESENVOLVIMENTO
INTRODUÇÃO
Pensar em uma criança inserida na sociedade ativa requer pensar que não só a família é responsável pela aprendizagem da vida social, embora seja esta a que liga a criança ao mundo, mas também é importante pensar no papel fundamental que a escola exerce nesse processo de desenvolvimento social e cognitivo. Além de participar na construção de sua identidade, personalidade e interação com outros indivíduos, a escola deve dar total atenção à criança como pessoa, que está num contínuo processo de crescimento e desenvolvimento, compreendendo sua singularidade, identificando e respondendo às suas necessidades, não esquecendo que ela também precisa criar situações para que os pais reflitam sobre suas responsabilidades essenciais em todo processo vital e educacional.
É importante ressaltar que se acreditarmos que o principal papel da escola é o desenvolvimento integral da criança, devemos considerá-la em suas várias dimensões: afetiva, ou seja, nas relações com o meio, com as outras crianças e adultos com quem convive; cognitiva, construindo conhecimentos por meio de trocas com parceiros mais e menos experientes e do contato com o conhecimento historicamente construído pela humanidade; social, frequentando não só a escola como também outros espaços de interação como praças, clubes, festas populares, espaços religiosos, cinemas e outras instituições culturais; e finalmente na dimensão psicológica, atendendo suas necessidades básicas como higiene, alimentação, moradia, sono, além de espaço para fala e escuta carinho, atenção, respeito aos seus direitos. (MEC, 2005).
Um dos objetivos mais importantes nesse processo de socialização é a construção de uma moral firme e sólida, aonde a criança vai diferenciando o que é certo ou errado para sua vida, conseguindo assim alcançar níveis de conduta moral e como se comportar diante deles; só assim conseguiremos compreender a escola como peça importante na construção de crianças socializadas, críticas e interativas.
DESENVOLVIMENTO
Durante muito tempo a humanidade conviveu com a separação dos mundos do saber e do fazer. “Quem pertencia ao primeiro estava dispensado do segundo excluído do primeiro”, observou Boa ventura de Souza Santos em Pela mão de Alice (Cortez, 1995). Compreender a Criança através da educação implica reconhecê-la como uma prática inscrita e determinada pela sociedade e entender que, embora condicionada possa contribuir para a transformação das relações sociais, econômicas e políticas, na medida em que conseguir assegurar a todos um ensino de qualidade, comprometido com a formação de cidadãos conscientes de seu papel na sociedade. Reconhecidamente o trabalho infantil entendido como o trabalho realizado por crianças com idade inferior ou igual a 14 anos, ocorre tanto mais freqüente quanto mais baixo for o nível de renda da família a que a criança pertence, quanto menor o nível educacional dos pais, quanto maior o tamanho da família, quanto maior a instabilidade do emprego dos outros membros familiares, entre outros fatores. Entretanto é relevante destacar que, mesmo o trabalho infantil apresentando diversas causas, o principal motivo que leva à sua ocorrência é o baixo nível de renda familiar. Muitos economistas costumam ressaltar que “o trabalho infantil é uma simples manifestação de baixo rendimento familiar”. Essa conhecida vinculação entre trabalho infantil e pobreza que sempre estará presente em nossa realidade diária. Como as crianças aprendem? Todas ao mesmo tempo? Todas da mesma maneira? Por que aprenderam algumas coisas melhor que outras? Como ensinar para obter um melhor aprendizado? Essas perguntas são feitas entre os educadores há bem pouco tempo. Antigamente, acreditava-se que as crianças aprendiam apenas recebendo informações de um professor. O professor explicava, ditava regras, mostrava figuras. A criança ouvia, copiava, decorava e devia aprender. Quando não aprendia, culpava-se a criança (desatenta, irresponsável, desinteressada) ou falta de "jeito" do professor. Atualmente existem outras idéias sobre aprendizagem. Elas são o produto do trabalho de nós educadores que têm procurado responder as perguntas que são feitas no dia-a-dia das nossas salas de aula. A solução do desempenho de nossas crianças está em nossas mãos, embora, aparentemente, isso seja óbvio para a maioria das pessoas, pouco se faz para mudar o cenário atual e futuro. Embora seja difícil o todo educador vale a pena compreender o fabuloso desenvolvimento de nossas crianças.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
De acordo com o século XIII, atribuíram-se à criança modos de pensar e sentimentos anteriores à razão e aos bons costumes. Cabia aos adultos desenvolver nelas o caráter e a razão, no lugar de procurar entender e aceitar as diferenças e semelhanças das crianças, e a originalidade de seu pensamento. Pensava-se nelas como páginas em branco a serem preenchidas, preparadas para a vida adulta. Resta também, nos questionarmos sobre a qualidade da educação oferecida para estas crianças dentro das creches e pré - escolas, visto que a origem das mesmas tinha por objetivo atender somente a população carente o que significou em muitas situações atuar de forma compensatória para sanar as supostas faltas e carências das e crianças e suas famílias. Tendo em vista que a realidade de nossas famílias é bem diferente em todos os aspectos Cabe a cada um de nós pais, professores, educadores a responsabilidade de aperfeiçoar o ensino e motivar nossas crianças na busca da excelência profissional e ética. Só assim teremos no futuro uma sociedade onde foram trabalhadas as características de cada criança, levando-a a se tornar um adulto melhor capaz de construir seus próprios saberes.
REFERÊNCIAS
http://www.artigonal.com/ciencia-artigos/a-escola-na-formacao-do-cidadao-481121.html
ARIÈS, Philippe. História social da criança e da família. Rio de Janeiro:
Zahar Editores, 1973.
BRASIL. Lei n.9394, Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Editora do
Brasil.
BRASIL. Ministério de Educação e do Desporto. Referencial curricular
Nacional para educação infantil. Brasília, DF: MEC, 1998.
Pensar em uma criança inserida na sociedade ativa requer pensar que não só a família é responsável pela aprendizagem da vida social, embora seja esta a que liga a criança ao mundo, mas também é importante pensar no papel fundamental que a escola exerce nesse processo de desenvolvimento social e cognitivo. Além de participar na construção de sua identidade, personalidade e interação com outros indivíduos, a escola deve dar total atenção à criança como pessoa, que está num contínuo processo de crescimento e desenvolvimento, compreendendo sua singularidade, identificando e respondendo às suas necessidades, não esquecendo que ela também precisa criar situações para que os pais reflitam sobre suas responsabilidades essenciais em todo processo vital e educacional.
É importante ressaltar que se acreditarmos que o principal papel da escola é o desenvolvimento integral da criança, devemos considerá-la em suas várias dimensões: afetiva, ou seja, nas relações com o meio, com as outras crianças e adultos com quem convive; cognitiva, construindo conhecimentos por meio de trocas com parceiros mais e menos experientes e do contato com o conhecimento historicamente construído pela humanidade; social, frequentando não só a escola como também outros espaços de interação como praças, clubes, festas populares, espaços religiosos, cinemas e outras instituições culturais; e finalmente na dimensão psicológica, atendendo suas necessidades básicas como higiene, alimentação, moradia, sono, além de espaço para fala e escuta carinho, atenção, respeito aos seus direitos. (MEC, 2005).
Um dos objetivos mais importantes nesse processo de socialização é a construção de uma moral firme e sólida, aonde a criança vai diferenciando o que é certo ou errado para sua vida, conseguindo assim alcançar níveis de conduta moral e como se comportar diante deles; só assim conseguiremos compreender a escola como peça importante na construção de crianças socializadas, críticas e interativas.
DESENVOLVIMENTO
Durante muito tempo a humanidade conviveu com a separação dos mundos do saber e do fazer. “Quem pertencia ao primeiro estava dispensado do segundo excluído do primeiro”, observou Boa ventura de Souza Santos em Pela mão de Alice (Cortez, 1995). Compreender a Criança através da educação implica reconhecê-la como uma prática inscrita e determinada pela sociedade e entender que, embora condicionada possa contribuir para a transformação das relações sociais, econômicas e políticas, na medida em que conseguir assegurar a todos um ensino de qualidade, comprometido com a formação de cidadãos conscientes de seu papel na sociedade. Reconhecidamente o trabalho infantil entendido como o trabalho realizado por crianças com idade inferior ou igual a 14 anos, ocorre tanto mais freqüente quanto mais baixo for o nível de renda da família a que a criança pertence, quanto menor o nível educacional dos pais, quanto maior o tamanho da família, quanto maior a instabilidade do emprego dos outros membros familiares, entre outros fatores. Entretanto é relevante destacar que, mesmo o trabalho infantil apresentando diversas causas, o principal motivo que leva à sua ocorrência é o baixo nível de renda familiar. Muitos economistas costumam ressaltar que “o trabalho infantil é uma simples manifestação de baixo rendimento familiar”. Essa conhecida vinculação entre trabalho infantil e pobreza que sempre estará presente em nossa realidade diária. Como as crianças aprendem? Todas ao mesmo tempo? Todas da mesma maneira? Por que aprenderam algumas coisas melhor que outras? Como ensinar para obter um melhor aprendizado? Essas perguntas são feitas entre os educadores há bem pouco tempo. Antigamente, acreditava-se que as crianças aprendiam apenas recebendo informações de um professor. O professor explicava, ditava regras, mostrava figuras. A criança ouvia, copiava, decorava e devia aprender. Quando não aprendia, culpava-se a criança (desatenta, irresponsável, desinteressada) ou falta de "jeito" do professor. Atualmente existem outras idéias sobre aprendizagem. Elas são o produto do trabalho de nós educadores que têm procurado responder as perguntas que são feitas no dia-a-dia das nossas salas de aula. A solução do desempenho de nossas crianças está em nossas mãos, embora, aparentemente, isso seja óbvio para a maioria das pessoas, pouco se faz para mudar o cenário atual e futuro. Embora seja difícil o todo educador vale a pena compreender o fabuloso desenvolvimento de nossas crianças.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
De acordo com o século XIII, atribuíram-se à criança modos de pensar e sentimentos anteriores à razão e aos bons costumes. Cabia aos adultos desenvolver nelas o caráter e a razão, no lugar de procurar entender e aceitar as diferenças e semelhanças das crianças, e a originalidade de seu pensamento. Pensava-se nelas como páginas em branco a serem preenchidas, preparadas para a vida adulta. Resta também, nos questionarmos sobre a qualidade da educação oferecida para estas crianças dentro das creches e pré - escolas, visto que a origem das mesmas tinha por objetivo atender somente a população carente o que significou em muitas situações atuar de forma compensatória para sanar as supostas faltas e carências das e crianças e suas famílias. Tendo em vista que a realidade de nossas famílias é bem diferente em todos os aspectos Cabe a cada um de nós pais, professores, educadores a responsabilidade de aperfeiçoar o ensino e motivar nossas crianças na busca da excelência profissional e ética. Só assim teremos no futuro uma sociedade onde foram trabalhadas as características de cada criança, levando-a a se tornar um adulto melhor capaz de construir seus próprios saberes.
REFERÊNCIAS
http://www.artigonal.com/ciencia-artigos/a-escola-na-formacao-do-cidadao-481121.html
ARIÈS, Philippe. História social da criança e da família. Rio de Janeiro:
Zahar Editores, 1973.
BRASIL. Lei n.9394, Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Editora do
Brasil.
BRASIL. Ministério de Educação e do Desporto. Referencial curricular
Nacional para educação infantil. Brasília, DF: MEC, 1998.
BASES SÓLIDAS PARA A FORMAÇÃO DO PROFESSOR
INTRODUÇÃO
A comparação que o autor Rubem Alves faz da
aranha e suas teias com o professor e seus ensinamentos, permite afirmar que a
escola, professores, alunos, família e toda a comunidade, tem importante papel
social dentro de todo o processo educativo. A formação do professor deve ter
bases sólidas, é necessário que o mesmo
ensine e saiba o que realmente está ensinando, com isso fica claro a
importância de se fazer pesquisas e desenvolver teorias; assim como a
importância das disciplinas ligadas à área da educação e que fundamentam todo o
ensino-aprendizagem.
DESENVOLVIMENTO
A definição de
educação, escola, professor e ensino-aprendizado, vem sendo aprimorada dia a
dia desde o início da humanidade, com isso, o homem desde os tempos primitivos
foi ocupando cada vez mais espaço no planeta e o conhecimento foi se renovando,
permitindo que a civilização, se consolide através de uma educação formadora de
indivíduos capazes de expandir e revolucionar a sociedade nos aspectos
cultural, profissional, moral, etc.
Surgem os filósofos,
autores importantíssimos que contribuíram com seus pensamentos para a formação
da estrutura educacional, fruto da ação humana.
É importante ressaltar
que:
Essas transformações só
foram possíveis porque o homem utilizou-se de seu pensamento e ação para
construir e reconstruir o espaço que o cerca, sendo que essas mudanças espelham
aspectos econômicos, políticos, culturais e sociais. (CULTURA E SOCIEDADE,
2009, p. 179).
É por meio da educação
que se inicia o processo de construção de uma cidadania ativa. A escola exerce
o papel de transformar a realidade, contribuindo para que a educação extrapole
os limites da sala de aula, envolvendo nesse processo a família e toda a
comunidade; através da tarefa de ser um agente social, transformador de
realidades com profundas deficiências educacionais, morais e sociais. No
entanto, essas questões precisam ser analizadas e estudadas em todo seu
contexto, levando em consideração os agentes negativos que poderão contribuir
para ineficácia de todo o processo. Mas numa perspectiva transformadora, a
escola educa para ouvir e respeitar as diferenças, a diversidade que compõe o
local onde esta está inserida, faz com que a escola seja um espaço de vida e não de morte.
Não basta garantir o direito de todos à escola, é preciso assegurar também as
condições para que todas as crianças possam permanecer na escola e progredir em
seus estudos, garantindo-lhes uma educação de qualidade.
Considerando essa
educação de qualidade, é necessário também que ela vá de encontro com o
desenvolvimento pleno do professor, que acontece
quando este busca para si uma postura de investir na própria formação.
Para Paulo Freire (
Carta aos Professores, 2007):
A
responsabilidade ética, política e profissional do ensinante lhe coloca o dever
de se preparar, de se capacitar, de se formar antes mesmo de iniciar sua
atividade docente. Esta atividade exige que sua preparação, sua capacitação,
sua formação se tornem processos permanentes. Sua experiência docente, se bem
percebida e bem vivida, vai deixando claro que ela requer uma formação
permanente do ensinante. Formação que se funda na análise crítica de sua
prática. Partamos da experiência de aprender, de conhecer, por parte de quem se
prepara para a tarefa docente, que envolve necessariamente estudar.
Buscar o aprendizado e
deixar-se ser ensinado, ou seja, o educador é parte de uma tarefa mágica, capaz
de encantar crianças e adolescentes, o que é bem diferente de dar aula; dar
aula é só dar alguma coisa a alguém. Ensinar e saber o que está sendo ensinado,
é mais fascinante, através desse processo o professor acenderá a luz que guiará
os passos de um ser humano por toda a sua infância, adolescência até a fase
adulta. Não se pode educar sem ao mesmo tempo ensinar.
Freire, autor citado
acima ainda diz que: “não basta saber
ler que Eva viu a uva. É preciso compreender qual a posição que Eva ocupa no
seu contexto social, quem trabalha para produzir a uva e quem lucra com esse
trabalho.”
Uma educação sem
aprendizagem é vazia e portanto degenera com muita facilidade o emocional.
Outra característica
importante e fundamental para o professor é ser curioso, é a curiosidade que
faz ele perguntar, conhecer, atuar; convocando assim a imaginação, a intuição,
as emoções, a capacidade de comparar, buscar conhecer o que precisamos para
constatar que a prática em sala de aula vale a pena, pois dessa forma o
professor vai provocar nos alunos a curiosidade, tornando-os criativos,
leitores, escritores e que vejam nessa proposta, bons motivos para desejar cada
vez mais aprender.
A atuação do professor sobre a personalidade da criança é, em
alguns casos, mais importante do que as atividades curriculares.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
O professor é a ponte
mais importante da passagem do mundo infantil para o mundo adulto, pois junto
com os pais, os professores são responsáveis pelo encorajamento ao crescimento
e independência das crianças. Ai está o cerne de sua função social, porém como
personalidade e não como um mero transmissor de conhecimento ele deve estar
preparado psicologicamente para exercer plenamente suas funções com
responsabilidade e harmonia. Esta atitude não poderá ser obtida forçosamente,
porém deverá vir de modo natural à medida que o professor se comporta de acordo
com o que ele se propõe a ensinar.
Para a conclusão deste trabalho, digo que os desafios foram
muitos. Portanto, através das pesquisas e conceitos ministrados pelos
professores do semestre, consegui entender com clareza a necessidade que o
professor tem em dominar o assunto apresentado a seus alunos e mais ainda, a
importante função social que a escola exerce em todo seu contexto.
(...) e educador já não é
aquele que apenas educa, mas o que, enquanto educa, é educado, em diálogo com o
educando, que, ao ser educado, também educa (...)
Paulo
Freire
REFERÊNCIAS
CULTURA E
SOCIEDADE, 2009, p. 179
FREIRE, Paulo. Ensinar e Aprender, (Carta de Paulo
Freire aos Professores.)
FREIRE,
Paulo. (Educação na Cidade, 1991.) http://www.projetomemoria.art.br/PauloFreire/pensamento/06_pensamento_frases.html
PORTILHO,
Vanilde Gerolim, O Papel do Professor, 2004
Entenda por que o letramento precoce pode ser prejudicial
Aprender a ler e a escrever antes do tempo pode excluir etapas decisivas no desenvolvimento das crianças.
Juliana Duarte
Juliana Duarte
O letramento precoce é um assunto permeado por controvérsias. Enquanto algumas instituições de ensino apostam em atividades ligadas à leitura e à escrita, outras defendem a ideia de que é preciso preparar a criança antes de abordar esse tipo de assunto.
Introduzida pelo filósofo e educador austríaco Rudolf Steiner (1861-1925) em 1919, a pedagogia Waldorf defende que os pequenos (com até 7 anos de idade) tenham apenas uma responsabilidade na escola: brincar. Ao participar de jogos e atividades lúdicas, meninos e meninas desenvolvem diversas habilidades, entre físicas e motoras, além de um estímulo essencial para a vida: a confiança. Segundo a teoria, nessa fase o aluno tende a gastar muita energia e se prepara fisicamente – isso é fundamental para o seu desenvolvimento neurológico e sensorial. Tais capacidades refletem em domínio corporal, linguagem oral e, principalmente, contribuem para a inteligência da criança.
Em poucas palavras: na educação infantil, aprimorar essas características é mais importante do que aprender a ler o próprio nome. “Eliminar atividades que favorecem a criatividade e o pensamento pode ter consequências graves. Infelizmente, muitas dessas práticas estão sendo substituídas pela escolarização antecipada”, alerta Luiz Carlos de Freitas, diretor da Faculdade de Educação da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).
Os ideais disseminados pelo croata têm ligação direta com estudos elaborados por outro profissional de renome na área, o psicólogo bielorrusso Lev Vygotsky (1896-1934). Ele dizia que a alfabetização é resultado de um processo longo e repleto de etapas, como gestos e expressões. Ao fazer um símbolo no ar, por exemplo, a criança já se manifesta a partir de uma linguagem mais próxima da escrita. Esse aprendizado gradual é imprescindível e deve acontecer nas classes de primeira infância, sem que atividades mecânicas de leitura e escrita atrapalhem ou forcem as etapas de desenvolvimento. “O letramento exige um grau muito grande de amadurecimento neuromotor. Desse ponto de vista, a criança só estará pronta para ser alfabetizada por volta dos 6 anos”, afirma Eliana de Barros Santos, psicóloga e diretora pedagógica do Colégio Global e da Escola Globinho. Segundo ela, brincar leva o aluno a compreender a si mesmo, seus sentimentos e o mundo em que vive. “Essa prática garante a formação das bases necessárias para a construção de outras linguagens”, comenta.
Estimular a leitura precoce, por sua vez, compromete tal formação. Além disso, pode ocasionar problemas como sobrecarga, deficiências na coordenação motora, apatia, desinteresse, desmotivação e estresse. “Aprender a ler não é simplesmente decifrar as letras, mas sim dominar um sistema simbólico, o que exige um grande amadurecimento neuropsíquico”, explica a diretora.
Leia mais em: http://revistaeducacao.uol.com.br/textos/0/entenda-por-que-o-letramento-precoce-pode-ser-prejudicial-337697-1.asp
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