INTRODUÇÃO
A comparação que o autor Rubem Alves faz da
aranha e suas teias com o professor e seus ensinamentos, permite afirmar que a
escola, professores, alunos, família e toda a comunidade, tem importante papel
social dentro de todo o processo educativo. A formação do professor deve ter
bases sólidas, é necessário que o mesmo
ensine e saiba o que realmente está ensinando, com isso fica claro a
importância de se fazer pesquisas e desenvolver teorias; assim como a
importância das disciplinas ligadas à área da educação e que fundamentam todo o
ensino-aprendizagem.
DESENVOLVIMENTO
A definição de
educação, escola, professor e ensino-aprendizado, vem sendo aprimorada dia a
dia desde o início da humanidade, com isso, o homem desde os tempos primitivos
foi ocupando cada vez mais espaço no planeta e o conhecimento foi se renovando,
permitindo que a civilização, se consolide através de uma educação formadora de
indivíduos capazes de expandir e revolucionar a sociedade nos aspectos
cultural, profissional, moral, etc.
Surgem os filósofos,
autores importantíssimos que contribuíram com seus pensamentos para a formação
da estrutura educacional, fruto da ação humana.
É importante ressaltar
que:
Essas transformações só
foram possíveis porque o homem utilizou-se de seu pensamento e ação para
construir e reconstruir o espaço que o cerca, sendo que essas mudanças espelham
aspectos econômicos, políticos, culturais e sociais. (CULTURA E SOCIEDADE,
2009, p. 179).
É por meio da educação
que se inicia o processo de construção de uma cidadania ativa. A escola exerce
o papel de transformar a realidade, contribuindo para que a educação extrapole
os limites da sala de aula, envolvendo nesse processo a família e toda a
comunidade; através da tarefa de ser um agente social, transformador de
realidades com profundas deficiências educacionais, morais e sociais. No
entanto, essas questões precisam ser analizadas e estudadas em todo seu
contexto, levando em consideração os agentes negativos que poderão contribuir
para ineficácia de todo o processo. Mas numa perspectiva transformadora, a
escola educa para ouvir e respeitar as diferenças, a diversidade que compõe o
local onde esta está inserida, faz com que a escola seja um espaço de vida e não de morte.
Não basta garantir o direito de todos à escola, é preciso assegurar também as
condições para que todas as crianças possam permanecer na escola e progredir em
seus estudos, garantindo-lhes uma educação de qualidade.
Considerando essa
educação de qualidade, é necessário também que ela vá de encontro com o
desenvolvimento pleno do professor, que acontece
quando este busca para si uma postura de investir na própria formação.
Para Paulo Freire (
Carta aos Professores, 2007):
A
responsabilidade ética, política e profissional do ensinante lhe coloca o dever
de se preparar, de se capacitar, de se formar antes mesmo de iniciar sua
atividade docente. Esta atividade exige que sua preparação, sua capacitação,
sua formação se tornem processos permanentes. Sua experiência docente, se bem
percebida e bem vivida, vai deixando claro que ela requer uma formação
permanente do ensinante. Formação que se funda na análise crítica de sua
prática. Partamos da experiência de aprender, de conhecer, por parte de quem se
prepara para a tarefa docente, que envolve necessariamente estudar.
Buscar o aprendizado e
deixar-se ser ensinado, ou seja, o educador é parte de uma tarefa mágica, capaz
de encantar crianças e adolescentes, o que é bem diferente de dar aula; dar
aula é só dar alguma coisa a alguém. Ensinar e saber o que está sendo ensinado,
é mais fascinante, através desse processo o professor acenderá a luz que guiará
os passos de um ser humano por toda a sua infância, adolescência até a fase
adulta. Não se pode educar sem ao mesmo tempo ensinar.
Freire, autor citado
acima ainda diz que: “não basta saber
ler que Eva viu a uva. É preciso compreender qual a posição que Eva ocupa no
seu contexto social, quem trabalha para produzir a uva e quem lucra com esse
trabalho.”
Uma educação sem
aprendizagem é vazia e portanto degenera com muita facilidade o emocional.
Outra característica
importante e fundamental para o professor é ser curioso, é a curiosidade que
faz ele perguntar, conhecer, atuar; convocando assim a imaginação, a intuição,
as emoções, a capacidade de comparar, buscar conhecer o que precisamos para
constatar que a prática em sala de aula vale a pena, pois dessa forma o
professor vai provocar nos alunos a curiosidade, tornando-os criativos,
leitores, escritores e que vejam nessa proposta, bons motivos para desejar cada
vez mais aprender.
A atuação do professor sobre a personalidade da criança é, em
alguns casos, mais importante do que as atividades curriculares.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
O professor é a ponte
mais importante da passagem do mundo infantil para o mundo adulto, pois junto
com os pais, os professores são responsáveis pelo encorajamento ao crescimento
e independência das crianças. Ai está o cerne de sua função social, porém como
personalidade e não como um mero transmissor de conhecimento ele deve estar
preparado psicologicamente para exercer plenamente suas funções com
responsabilidade e harmonia. Esta atitude não poderá ser obtida forçosamente,
porém deverá vir de modo natural à medida que o professor se comporta de acordo
com o que ele se propõe a ensinar.
Para a conclusão deste trabalho, digo que os desafios foram
muitos. Portanto, através das pesquisas e conceitos ministrados pelos
professores do semestre, consegui entender com clareza a necessidade que o
professor tem em dominar o assunto apresentado a seus alunos e mais ainda, a
importante função social que a escola exerce em todo seu contexto.
(...) e educador já não é
aquele que apenas educa, mas o que, enquanto educa, é educado, em diálogo com o
educando, que, ao ser educado, também educa (...)
Paulo
Freire
REFERÊNCIAS
CULTURA E
SOCIEDADE, 2009, p. 179
FREIRE, Paulo. Ensinar e Aprender, (Carta de Paulo
Freire aos Professores.)
FREIRE,
Paulo. (Educação na Cidade, 1991.) http://www.projetomemoria.art.br/PauloFreire/pensamento/06_pensamento_frases.html
PORTILHO,
Vanilde Gerolim, O Papel do Professor, 2004